Quando se levantou de cima de mim, papai parou de joelhos, seus olhos se encheram da desespero e ele começou a menear a cabeça negativamente, agarrando os cabelos com as mãos, como se quisesse arrancá-los. Olhava para o sangue entre minhas pernas e repetia, com olhos cheios de lágrimas:
_Meu Deus, o que foi que eu fiz?! O que foi que eu fiz?!...
Levantei-me imediatamente e comecei a beijá-lo e acariciá-lo, dizendo:
_Não é culpa sua! Não é culpa sua!... Fui eu quem quis! Fui eu quem quis! Eu o amo! Eu o quero! Não é culpa sua!...
Minhas palavras, porém, não adiantaram, ele me empurrou e correu para fora. Desceu, pegou seu cavalo e saiu desabalado. Desesperada, atirei-me ao chão e desatei em lágrimas. O medo de tê-lo enlouquecido assaltou-me. Uma imensa culpa me consumia. Mais que nunca temia perdê-lo, agora definitivamente. Desconsolada, adormeci no chão de sua sala.
Pela manhã, não o vi. Perguntei por ele aos criados e todos respondiam:
_O senhor saiu cedo com os cavaleiros.
Durante todo o dia esteve fora. Voltou apenas à noite e fechou-se em seu quarto. Durante dois dias evitou-me como se eu fosse o próprio Demônio. Desviava o olhar e fugia ao meu toque. Tomada pelo desespero, invadi seu quarto uma noite e o esperei chegar. Ao encontrar-me deitada, em sua cama, de camisola, estacou na porta. Ergui-me e supliquei:
_Por favor, não me deixe!... Eu suplico, não me abandone!...
Ele olhou-me desnorteado por um breve momento e depois retirou-se. Eu o deixei ir, mas sabia para onde ele ia. Fui até sua sala e ele estava sentado, sob a luz bruxelante da vela, bebendo vinho. Sem medo, aproximei-me e sentei em seu colo. Pousei minha cabeça em seu ombro e voltei a suplicar, baixinho, soluçando:
_Por favor... Não me deixe... Não me abandone...
Seu coração se desarmou e ele me abraçou amorosamente. Com a voz embargada, prometeu-me:
_Nunca vou abandonar você, Irina.... Nunca...
Começou então a beijar-me a fronte e o rosto. Abraçou-me com mais força e um grande calor se fez entre nós. De repente, sem que eu esperasse, ele pegou meu rosto em suas mão, enxugou minhas lágrimas e disse:
_Sempre serei seu, Irina, sempre!...Seu coração se desarmou e ele me abraçou amorosamente. Com a voz embargada, prometeu-me:
_Nunca vou abandonar você, Irina.... Nunca...
Começou então a beijar-me a fronte e o rosto. Abraçou-me com mais força e um grande calor se fez entre nós. De repente, sem que eu esperasse, ele pegou meu rosto em suas mão, enxugou minhas lágrimas e disse:
E então me beijou. Surpresa, fiquei de braços abertos, desarmados. Ao sentir toda paixão de seu beijo, o enlacei em meus braços e também o beijei, apaixonadamente. Ele então me ergueu em seus braços e me carregou como uma criança para seu quarto. Naquela noite, dormimos juntos.
Desta noite em diante, nada mais reprimiu nosso amor. Eu me entregava a ele todos as noites, de todas as formas. Era sua esposa, deitando-me de costas para recebê-lo por cima. Era sua filha incestuosa, sentando em seu colo como sua criança, para receber seu membro até as entranhas. Era sua fêmea, recebendo-o por trás, como fazem os animais. E era sua prostituta, excitando-o com minha boca, engolindo seu membro para enrijecê-lo e entregar-me a ele em sodomia.
Não havia mais limites para nossa lascívia. Eu o masturbava, o sugava até seu leite escorrer em meus lábios, ou esguichar em minha garganta. Fugia dele nua, rindo, provocando-o, fazendo-o me caçar, me tomar como sua presa. Não tínhamos mais nenhum respeito ou vergonha. Suas mãos puxavam-me, tomavam-me sem pejo em seus braços. Apalpava-me os seios, as nádegas, desferiam-lhes sonoras palmadas, metia a mão entre elas. Perscrutava-me entre as pernas, massageando meu sexo e lambuzando-se com seu mel.
Quando estávamos mais calmos e preguiçosos, ele me mimava. Punha-me em seu colo, nua, ou semi nua, de pernas abertas e me dava uvas, cerejas e ameixas na boca. Enquanto eu comia, alisava-me as coxas e a vulva. Eu, mimada, me ardia, ria e me comportava como uma criança lasciva. Durante o dia, sabendo que mamãe e as criadas estavam concentradas em cuidar de Greta, nos beijávamos em qualquer lugar, desde que estivéssemos a sós.
Sempre que podia, papai me dava presentes. Uma tarde, mandou vir mestre Ákos, para pintar um quadro meu. Eu jamais gostei de ficar parada para posar, mas por papai, fiz este esforço. O retrato saiu um tanto austero, mas não me queixei, para não aborrecê-lo. Numa manhã de primavera, ele me presenteou com o mais lindo presente de minha vida: Agathon, meu corcel branco. Vestida apenas com a fina camisola de seda branca com que dormira, o montei e cavalguei pelos verdes campos, sentindo seus pelos arranharem minhas pernas, que eram desnudadas pelo vento. Este, esvoaçava meus cabelos e me acariciava todo o corpo. O céu, que estava prenhe de tormenta _com ventos, trovões e relâmpagos, brindou-me! _alvejando meu corpo com grossos pingos de chuva. A água banhou-me e o vento amou-me! Eu era livre! Livre! Como uma valquíria!...
Sempre que podia, papai me dava presentes. Uma tarde, mandou vir mestre Ákos, para pintar um quadro meu. Eu jamais gostei de ficar parada para posar, mas por papai, fiz este esforço. O retrato saiu um tanto austero, mas não me queixei, para não aborrecê-lo. Numa manhã de primavera, ele me presenteou com o mais lindo presente de minha vida: Agathon, meu corcel branco. Vestida apenas com a fina camisola de seda branca com que dormira, o montei e cavalguei pelos verdes campos, sentindo seus pelos arranharem minhas pernas, que eram desnudadas pelo vento. Este, esvoaçava meus cabelos e me acariciava todo o corpo. O céu, que estava prenhe de tormenta _com ventos, trovões e relâmpagos, brindou-me! _alvejando meu corpo com grossos pingos de chuva. A água banhou-me e o vento amou-me! Eu era livre! Livre! Como uma valquíria!...